Reino: VEGETAL

 

MATERIA MÉDICA

DR. ALFREDO EUGÊNIO VERVLOET

O Amieiro Vermelho, conhecido como Alnus Rubra, possui alguma reputação como medicamento homeopático utilizado no tratamento de perturbações na pele, dilatação de glândulas e indigestão devido à secreção inadequada do suco gástrico. Sua ação estimulante na nutrição torna-o benéfico em distúrbios escrofulosos e glândulas dilatadas, entre outros.

Mental:

  1. Pacientes podem apresentar dificuldade de concentração e exaustão mental, tornando tarefas como estudo, raciocínio, fala e escrita desafiadoras. Erros de escrita são comuns, assim como a dificuldade em expressar pensamentos. A memória é afetada, levando ao esquecimento de lugares, nomes, atividades recentes e planos futuros.
  2. Indiferença em relação a entes queridos, trabalho e conversas é notável. O paciente oscila entre indecisão e depressão, desejando ficar isolado. Preocupações em relação ao futuro são comuns, e o humor pode variar drasticamente, alternando entre euforia e tristeza profunda. Comportamentos tolos podem ocorrer em situações sérias.
  3. Irritabilidade é uma característica marcante, com pacientes facilmente irritados com pessoas ao seu redor. Além disso, podem não tolerar ruídos altos ou vozes e reagem com irritação. Em alguns casos, parece que as vozes das pessoas estão distantes. Inquietude, impaciência e pressa são comuns, e o paciente pode se tornar dogmático e teimoso.
  4. Pacientes podem relatar uma sensação de odor desagradável, mesmo que ninguém mais perceba. Eles tendem a lavar as mãos excessivamente.

Geral:

  1. Sensibilidade ao frio é proeminente, com constante sensação de frio, como se estivessem em um banho frio na cama.

Desejos e Aversões:

  1. O paciente pode ter aversão ao sal.

Particulares:

  1. Dores de cabeça são frequentes, com sensação de que a cabeça está prestes a explodir, especialmente ao acordar. Essas dores de cabeça podem piorar com movimentos bruscos, esforços mentais, tosses, risos e em ambientes quentes. No entanto, conversar, comer, fechar os olhos ou subir escadas pode proporcionar alívio temporário.
  2. Os olhos podem apresentar queimação e dor nas pálpebras, que se intensificam durante a leitura ou ao tocar nelas. Além disso, pode ocorrer sensação de peso e fadiga nos olhos, acompanhada de tremores. A visão pode ficar turva ao acordar.
  3. Coceira no ouvido e sensação de pulsações no local são sintomas possíveis.
  4. No nariz, ocorre coriza com espirros e obstrução, piorando ao ar livre. Pode haver uma sensação de cheiro de livros mofados. O paciente prefere inspirar ar aquecido. Crostas nas narinas também podem ocorrer.

Boca:

  1. O paciente pode experimentar muita sede por bebidas frias. Os lábios ficam secos e rachados, com fendas nos cantos da boca. O herpes labial pode se manifestar. A boca fica seca, mas o paciente permanece sedento. Além disso, pode ocorrer um gosto ácido na boca e a respiração pode adquirir um odor semelhante ao de maçãs. A produção de saliva pode aumentar. Úlceras na boca podem estar presentes, incluindo no palato. A ponta da língua e as gengivas podem doer. Dor nos maxilares, piorada pelo consumo de doces, é relatada. A dor de garganta pode ser sentida como se houvesse um espinho, piorando ao tossir, cantar ou falar, mas aliviada ao engolir, beber ou expectorar.
  2. O paciente pode ter um apetite exagerado, com fome constante e voraz, mesmo após as refeições. A sensação de vazio no estômago persiste, juntamente com tensão nervosa na região gástrica. O abdômen pode emitir ruídos semelhantes a borbulhos, como se estivesse prestes a ter diarreia. A dor pulsátil no fígado é aliviada pela pressão e pela alimentação. Além disso, pode haver dor na região do baço. A diarreia ocorre pela manhã, tirando o paciente da cama, e as fezes podem ser moles, aquosas e aderentes, às vezes com presença de sangue. Há uma sensação de plenitude ou pressão retal.
  3. O paciente apresenta um aumento acentuado da frequência e quantidade de micções. A bexiga fica constantemente cheia, com dificuldade em iniciar a micção durante a noite. A micção pode ocorrer involuntariamente ao espirrar, acompanhada de uma sensação de que um líquido está escapando dos rins. Uma dor aguda no rim esquerdo, estendendo-se até a virilha, pode ser sentida.
  4. As sensações sexuais incluem a percepção de que a vagina está dilatada, piorando ao parar de mover-se. Os seios ficam pesados e doloridos, e pode ocorrer fluxo em jatos.
  5. Dor retrosternal é relatada, piorando com a inspiração profunda. Cãibras ou pontos doloridos sob as costelas pioram ao caminhar. A dispneia é uma queixa após as refeições. Dor lombar é comum, piorando ao sentar, tocar piano, levantar, ajoelhar ou ficar em pé, mas melhorando ao deitar. Há uma sensação de que as costas podem se quebrar, aliviada pela pressão.
  6. As extremidades, especialmente pés e mãos, tendem a adormecer e ficar frias. Os dedos podem ficar insensíveis. As pernas adormecem quando cruzadas, e as nádegas também podem ficar dormentes. As mãos ficam quentes, enquanto os pés permanecem frios. Cãibras nas panturrilhas e nos dedos dos pés, especialmente durante o sono, são comuns. A mão direita e o pé direito são quentes, enquanto a mão esquerda e o pé esquerdo permanecem frios. As veias nas mãos podem tornar-se proeminentes, e as mãos sujam-se facilmente, apresentando ressecamento, descamação e rachaduras nas pontas dos dedos.
  7. Os sonhos do paciente incluem temas como voar sem sucesso, quedas, lutas com ladrões, assassinatos de amigos com adagas, diarreia, perseguições, prisões, presença de ratos e sapos, bem como ressurreição de cadáveres. O sono é frequentemente fragmentado, com o paciente acordando várias vezes durante a noite.
  8. O paciente pode desenvolver pápulas pruriginosas, que pioram após a lavagem. Urticária também pode ser observada.

MATERIA MÉDICA

Boericke (português)

ALNUS RUBRA (Alder Vermelho)

O Alnus Rubra, conhecido como Alder Vermelho, possui alguma reputação como medicamento homeopático utilizado para tratar afecções da pele, aumento glandular e indigestão por secreção imperfeita do suco gástrico. Sua ação estimulante na nutrição o torna benéfico para distúrbios espumosos, glândulas aumentadas, etc.

Indicações Clínicas:

Modo de Uso:

Utiliza-se a tintura na terceira potência.

 

MATERIA MÉDICA

CLARKE (PORTUGUÊS)

Introdução

O Alnus Rubra, conhecido como Amieiro Vermelho, pertence à família Cupuliferae. Suas tinturas são obtidas a partir da casca escura e dos novos rebentos. Este remédio homeopático não é amplamente comprovado.

Características e Uso:

A tintura de casca de Alnus Rubra é usada pelos ecléticos como uma “alternativa” em condições escrofulosas, afecções crônicas da pele, reumatismo, sífilis, cascalho e gleets. A planta cresce em pântanos e áreas alagadas.

Indicações Clínicas:

Relacionamentos:

Comparação com remédios como Hamamelis, Stillingia, Phytolacca, Kali-iodatum, Mercurius, Nux vomica, Baptisia (condições alternadas), Aloe, Podophyllum e Kali bichromicum.

Este resumo oferece uma visão abrangente do Alnus Rubra como medicamento homeopático, abordando suas características mentais, físicas e clínicas, bem como seu uso recomendado. É importante ressaltar que a homeopatia deve ser praticada por profissionais de saúde qualificados, e o tratamento deve ser individualizado para cada paciente.